quarta-feira, 3 de março de 2010

Trato



TRATO

Se não conseguires fazer o que tens de fazer, pelo respeito inequívoco pelo que és, fá-lo numa primeira fase por mim. Pelo amor incondicional que tenho por ti e por todos aqueles da tua espécie. Primeiro, faz coisas – para ti – por mim. Depois, ao começares a sentir o vento agradável de mudança, vais começar a compreender. Vais começar a render-te. Vais encontrar-te. Desde que sejas livre. Desde que sejas fiel. A ti.

Alguma vez já te disse que te amo? Que sinto o que tu sentes? Que sofro o que tu sofres? Apesar de eu saber porque é que sofres, não posso escolher por ti nem posso aliviar o teu sofrimento. A não ser por estas palavras.

Amo-te por te responsabilizares pela tua vida e pela tua energia. Amo-te por saberes que a situação em que estás é fruto das tuas escolhas anteriores. Amo-te por te entregares ao céu e ao teu próprio coração despenalizando tudo o resto. Amo-te por sentires. E por me sentires.

Fica ciente desta nossa relação, e faz este trato comigo. Depois, aos poucos, vais começar a habituar-te a fazer para ti. Por ti. Esse é o tempo da essência. É o tempo em que vais buscar as tuas mais infinitas inspirações. É quando tudo volta a fazer sentido e começas a compreender os motivos de tão longas estradas que te trouxeram até aqui.


MAIS LUZ – Pergunte, o Céu Responde,
de Alexandra Solnado

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