sábado, 7 de março de 2009

Cenas que contadas ninguém acredita - Parte 2

Pois é meus queridos bloguistas, o que eu não vos disse no outro dia, foi que aquele post ali em baixo, teve honras dignas de uma autêntica novela mexicana!

E com direito a cenas do próximo capítulo!

Alguns dias depois daquele inesquecível episódio, voltei a dirigir-me à não tão menos inesquecível repartição já nossa conhecida, para entregar a documentação necessária para a resolução final - espero eu - daquele singelo problema.

E heis que me dirigo, claro está, ao nosso querido guiché nº 28!

Mas, se estou aqui a relatar o episódio é porque o dito, mais uma vez, me surpreendeu com as dúvidas existenciais do costume!

- " mas isso é para quê?!!"
-"é sobre isto, assim, assim..."
- digo eu...
-"ahh, mas é sobre y? se é sobre y tem de ir ali ao guiché nº120!"
-"não, não é sobre y, é sobre x! eu tive aqui da outra vez e a sua colega disse-me para fazer isto assim, assim..."
-"ai foi?" mas quem é que lhe disse isso?"


Nesta altura, começava lentamente a subir-me os calores e dou por mim a ficar seriamente aborrecida!
E logo eu, que sou friorenta que me farto!
Mas, há coisas que me tiram do sério!

-"Olhe, não sei o nome da Sr.ª que me atendeu, mas disse-me para fazer este requerimento e entregá-lo aqui! (sim, porque neste país não há nada que não se faça sem um requerimento! Vá lá que agora já não têm limites de linhas e de cor!!!)

-"ahhh, então vá ali ao guiché nº 325 que lá a minha colega resolve-lhe o problema."
-"mas tem a certeza que é lá?" - pergunto eu, já a desconfiar....
-"sim, sim."

E vou eu, ao tb famoso guiché nº 325, para tão simplesmente entregar o dito e singelo requerimento...

Chegada lá, e já com o verniz a começar a estalar, sou atendida por mais uma simpática senhora que me volta a perguntar para que era aquilo e porque é que tinha ido para aquele balcão.

Quem me conhece sabe que não sou pessoa de me saltar a tampa assim tão facilmente! Sou dotada de uma paciência digna de um qualquer Mestre Budista, e não sou de me areliar por tão pouco!

Mas, agora o caldo estava entornado!

Já era a milionésima vez que me faziam aquela pergunta e eu já tinha perdido toda a paciência!

Pois que me dirigi à senhora, num tom que seguramente não lhe agradou e lhe bradei umas quantas coisas sobre a incompetência do serviço! Já pensava cá com os meus botões em escrevinhar qualquer coisinha naquele não tão menos famoso Livro Vermelho!


E vermelha já estava eu!

Mas, pronto, as coisas lá se resolveram, o assunto passou para outra funcionária que, ao aperceber-se do alarido lá tentou ajudar e, em menos de nada - pasmem-se!! - foi ao computador, procurou qualquer coisa no sistema, carimbou o bendito papel e disse que estava tudo resolvido!

E eu, uma vez a missão cumprida, lá vim embora, feliz e contente e a rir-me com toda aquela situação - não tinha outro remédio! Afinal, tristezas não pagam divídas! ;)

Ele há cada uma!

2 comentários:

  1. Ai o nel e a mariquinhas...
    Podes crer, só estes e a gaja do CSI "...o inquérito acaba no último dia do prazo para requerer a abertura de instrução... ah e tal... em 21 anos de profissão nunca ninguém me fez uma exposição como a sua..." e mais um sem número de pérolas que nem merecem ser repetidas!!
    Enfim... depois da cowboyada deixou-me consultar tudo e mais alguma coisa...
    Infelizmente, não faltam nelos e mariquinhas à solta num estaminé público perto de si, mas nada que uma voz enfurecida não resolva...que o diga a nossa amiga "...o que é que eu vou fazer com estas calças...se nem me cabem nas pernas??"

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  2. Pois é Formiguinha Paloma, essa das calças é outra cena que contada ninguém acredita!

    Daqui a nada com tanta cena para contar, escrevemos um livro!

    ;)

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